ontologia antiga

ontologia antiga. A ontologia tornou-se a base de tudo o que sabemos, pois graças a ela foram desenvolvidos modelos de conhecimento. Modelos que nos permitem utilizar informação valiosa para resolver múltiplas situações complexas ou do nosso quotidiano.

Na medicina, por exemplo, a ontologia tem sido responsável por consolidar o uso de conceitos que nos permitem utilizar termos como “síndrome”; sem a necessidade de entrar em mais detalhes. Isso se deu graças ao desenvolvimento de categorias na ontologia médica.

É um ramo que conseguiu transformar a vida como a conhecemos, a partir de sua capacidade de vincular conhecimentos e, nesse sentido, sistematizar ao longo da história das sociedades.

Deste ponto de vista, a ontologia tem sido uma disciplina aplicada para desenvolver linhas ótimas de conhecimento de grande valor útil.

A seguir, revisaremos as abordagens que vários filósofos teriam proposto para esse ramo da filosofia, cada um com seus respectivos argumentos e explicações sobre o que era a ontologia para eles.

Aristóteles

ontologia antiga,Aristóteles usou o termo “primeira filosofia” para se referir ao que mais tarde seria conhecido como ontologia, enquanto seus discípulos a descreveriam como metafísica na época. A esse respeito, Aristóteles falou da substância como o fundamento que formou a realidade.

Ele argumentou que a substância era capaz de se transformar, de sofrer um acidente e, ao mesmo tempo, continuar a fazer parte de um sujeito. Dessa forma, a substância é o que define um indivíduo de forma concreta, fazendo parte de sua identidade imutável.

Sócrates

Sócrates descreve uma capacidade reflexiva que distingue o ser humano do resto das formas de vida. Ele argumentou que o ser humano é o único capaz de se perguntar a razão de sua existência. Ele falou da virtude, como a maneira de entender como agir corretamente.

A racionalidade do ser humano de poder dar uma resposta racional a qualquer pergunta, juntamente com a virtude, são as bases que devem definir a ontologia segundo Sócrates. A busca constante pela racionalidade será o único traço transcendental praticado pelo ser humano, sendo um de seus aspectos mais particulares em si mesmo.

Platão

Platão falou da alma e do corpo como entidades completamente opostas uma à outra. Por um lado, defendia que a alma está sempre em busca da perfeição, mas que o corpo era o principal obstáculo para alcançar essa perfeição.

Ao adquirir conhecimento, a alma se aproximava da perfeição. Dessa forma, Platão argumentou que a alma era a única coisa que caracterizava o humano e sua essência. Ele explicou que o corpo nada mais é do que o instrumento que permite que a alma opere sob seu comando.

A imperfeição do ser humano ocorreu devido ao corpo e, portanto, a alma e o corpo permaneceriam em constante luta. A alma procurará deixar o corpo para atingir a perfeição, ou seja, seu estado original.

Parmênides

Parmênides sustentava que o ser é tal como é em sua natureza. Suas características são a essência de sua identidade acima de todas as coisas, e ele deve permanecer sempre no mesmo caminho, pois ao se desviar, pode se perder.

“Ser deve ser, senão pode se extraviar.” Parmênides argumentou que os seres não podem se perder, por isso devem estar sempre em primeiro lugar, mesmo antes do ar e da água. O ser é imutável, atemporal e indivisível, portanto, sua essência não deve ser perdida.

demócrito

Demócrito explica uma divisão em pequenas partes, que ele define como átomos, e que, juntas, formam o corpo humano. Ele adverte que esses elementos não são visíveis aos olhos humanos, mas afirma sua existência em seus postulados.

Por meio dos átomos, Demócrito explicou parte das características do ser humano como a imutabilidade, descrevendo-os como partículas que não podiam mudar de forma ou desdobrar-se entre si.

Anaxímenes

Para Anaxímenes, o ar representa a origem do ser, pois este é o elemento que o mantém vivo e, portanto, aquele que o representa. O ar faz parte da vida da humanidade, então Anaxímenes o coloca como a substância mais importante do mundo.

Ele o define como o princípio original, ou seja, o que deu origem a todos os elementos que existem no mundo, seja na terra ou no mar. Ele explicou que o ar pode mudar por rarefação e também por condensação.

Anaximandro

Anaximandro fala do Apeiron, um elemento que não tem forma e também é infinito. Apesar disso, ele sustenta que pode coordenar os seres vivos e a vida em todo o mundo. Ele explica que existe um processo que ele chamou de separação dos opostos, no qual ocorrem diferentes fenômenos que participam do mesmo processo original do mundo.

Fala de uma matéria que não tem forma, que é primordial, e que pode gerar toda a vida que existe. Ele sustenta que, além da origem, o Apeiron também representa o fim, para que todos os seres retornem a esse elemento ao final de sua existência. O Apeiron não tem uma explicação exata, além de ser um centro de massa em perene movimento, que, de seu eterno cataclismo, cria mundos a cada instante.

Conclusão

Em suma, há uma série de premissas em relação à ontologia antiga. Como podemos ver, vários autores dedicaram grande parte de seus estudos ao estabelecimento de um paradigma, com o objetivo de explicar a origem e o fim do próprio conhecimento.

Lembremos que essas abordagens correspondem ao período da ontologia antiga, portanto, representam um corpo teórico pioneiro no que hoje se define como ontologia e suas múltiplas derivações.

Fontes

  1. (S/F). Ontologia Antiga. Filosofar já foi dito. Recuperado de: https://afilosofarsehadicho.jimdofree.com/filosofia-para-grado-decimo/ontolog%C3%ADa-en-la-edad-antigua/
  2. (2021). Ontology. Wikipedia. Recuperado de: https://en.wikipedia.org/wiki/Ontology

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