Brasil 1582-1624

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Brasil 1582-1624
Chega á Bahia, e toma posse do governo geral Manoel Telles Barreto.
1583.
Rompe a guerra entre Philippe II. e Izabel de Inglaterra: a formidavel esquadra Hespanhola denominada Invencivel é destroçada por hum furioso temporal.
1585.
Envolvido o Brasil na guerra entre Hespanha e Inglaterra, apparece em Santos na capitania de S. Vicente a primeira expedição Ingleza dirigida por Eduardo Fanton; o qual retira-se depois de hum combate com huma esquadrilha Hespanhola que se achava á entrada da barra.–Por este mesmo tempo Roberto Dias descendente do celebre Caramurú, tendo feito viagens ao interior do Brasil e recolhido immensa quantidade de prata, vai offerecer-se a Philippe II. para revelar-lhe o segredo da existencia das minas deste metal, obtendo em recompensa o titulo de Marquez das Minas. Sendo-lhe isto negado, morre sem descobrir o segredo.
1588.
Nova expedição Ingleza, commandada por Roberto Withrington chega á Bahia: e, depois de assolar o Reconcavo, não podendo tomar a cidade, faz-se de vela.
1590.
Christovão de Barros, Governador interino do Brazil, recebe ordem para repellir os Indios que infestavão as povoações de Itapicurú e Villa-Real.–Lanção-se os fundamentos da cidade de S. Christovão na foz do rio Cotindiba.
1591.
Huma esquadrilha Ingleza ao mando do pirata Thomaz Cavendish attaca a villa de Santos na capitania de S. Vicente. Os habitantes, aproveitando-se da embriaguez dos invasores e das trevas fogem para o interior levando o que poderão salvar. Cavendish faz-se á vela, depois de lançar fogo á povoação de S. Vicente. Querendo attacar o Espirito Santo he repellido com grande perda, e obrigado a voltar á Europa: morre na viagem.
1593.
Outra expedição Ingleza ás ordens de Jayme de Lancaster attaca Olinda. O forte he tomado e a cidade saqueada. Lancaster volta á Inglaterra levando comsigo immensas riquezas.

1598.
Morre Philippe II. de Castella, e I. de Portugal (13 de Setembro).–Sobe ao throno Philippe III. de Castella, e II. de Portugal.
1599.
O Governador Geral D. Francisco de Sousa bate os Pitagoares e construe hum forte na foz do Rio Grande do Norte, deixando por commandante Jeronymo de Albuquerque Coelho.–Lanção-se os fundamentos da Cidade do Natal.
1603.
Chega á Bahia o governador Geral D. Diogo Botelho (outros dizem Pedro Botelho) a substituir D. Francisco de Sousa. Botelho é infeliz no seu Governo; faz guerra barbara e deshumana aos Indios, e até calca aos pés as salutares e justas leis de Hespanha ácerca da liberdade dos desgraçados Indigenas. Comtudo consegue-se a paz com os temiveis Aymorés pelos esforços verdadeiramente christãos do colono Alvares e do Jesuita Domingos Rodrigues.
1612.
Chega ao Maranhão uma expedição Franceza ao mando de Augusto de La Ravardière afim de tornar permanente hum pequeno estabelecimento ou colonia Franceza que ha 18 annos tinha ahi sido fundada.
1614.
Jeronimo de Albuquerque Coelho parte com uma expedição a expellir os Francezes do Maranhão. Ajudado por Alexandre de Moura bate-os na batalha de Guaxendúba. Mas suspendem-se as hostilidades.
1615.
Rôta a convenção de Guaxendúba, são completamente batidos os Francezes, e obrigados a abandonar o Maranhão, retirando-se na mesma esquadra de La Ravardière. Jeronimo de Albuquerque Coelho recebe em galardão a nomeação de Capitão-Mór do Maranhão.
1616.
Jeronimo de Albuquerque faz partir para o Amazonas Francisco Caldeira de Castello-Branco; o qual lançou os fundamentos da cidade de Belém, e construio hum forte.–Por este tempo tentão os Hollandezes estabelecer-se ao S. do Amazonas; porém não o conseguem e são repellidos.

1621.
Morre Philippe III. (31 de Março).–Sóbe ao throno Philippe IV. de Hespanha, e III. de Portugal.–Grandes feitos vão agora ter lugar, e occupar nossa attenção.
1622.
Chega ao Brazil o Governador Geral Diogo de Mendonça Furtado.
1623.
O caracter de Philippe II. já havia feito revoltarem-se as suas possessões da Hollanda. E a guerra feita então á Hespanha foi de grave prejuizo a Portugal e ao Brazil. Felizmente trégoas se havião alcançado por 10 annos desde 1609 reinando já Philippe III.–Porém, estando a expirar semelhante trégoa, e achando-se forte a Hollanda com as suas conquistas na India e com a existencia da celebre Companhia das Indias, foi proposta e resolvida a conquista do Brazil. Em consequencia huma esquadra de 60 vélas he neste anno armada para semelhante conquista. Jacob Villekens, Pedro Haynes, Hans Vandort e Adrião Patrid sahem á testa da expedição.
1624.
O governo de Madrid julga conveniente separar o Pará e Maranhão do resto do Brasil: assim o faz, constituindo-os hum estado independente do resto do paiz, e sujeito a hum Governador Geral com obediencia unicamente á côrte.–Apparece na Bahia a esquadra Hollandeza, que toma quasi sem resistencia a cidade. Tal era o estado de fraqueza a que o Brazil tinha sido reduzido pela côrte de Hespanha! Vandort fica na Bahia como Governador. Villekens parte para a Europa. Haynes vae attacar o Espirito Sancto. E Adrião Patrid sahe a conquistar Loanda na Costa d’Africa.–Tendo sido aprisionado contra a estipulação e todas as leis do direito e da honra o Governador Mendonça de Furtado, e remettido para bordo da náo Almirante inimiga, devia succeder-lhe no governo Mathias de Albuquerque que a este tempo se achava em Pernambuco. Porém, como as circunstancias urgião, é eleito Governador e General em chefe o Bispo D. Marcos Teixeira; o qual faz de novo cobrar animo aos Portuguezes e os leva a expellir os conquistadores.

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